quinta-feira, 26 de abril de 2012

Queijo curado

Fiz o queijo frescal, né? Aí hoje considero que ficou pronto, tirei só um pedacinho pra provar e tava com um gosto bem forte, mas bom, e o cheiro era totalmente certo. Para curar o queijo fresco eu apenas deixei ele num pratinho e todo dia (ou de 2 em 2 dias) eu secava com papel toalha o sorinho que ia juntando e virava o queijo, virei ele de lado também, para ficar tudo com a mesma cor. O único erro que eu acho que cometi, logo no início, foi que pus sal de menos e o queijo fresco azedou rápido, antes de eu terminar de comê-lo, eu devia ter percebido a tempo e passado mais sal em volta enquanto ainda era tempo. Bom pra ficar esperta pra próxima. Foi também por causa disso que o meu queijo curado começou a ficar com pontinhos verdes antes de curar de verdade, aí limpei, passei mais sal em volta e finalmente ele começou a amarelar.
com mais ou menos 7 dias...
com 15 dias

sábado, 14 de abril de 2012

Queijo Minas Frescal


Meu avô Gentil (é esse mesmo o nome dele) é fazendeiro, bom, hoje ele é palpiteiro na fazenda, porque os problemas da idade já não o deixam mais pegar na inchada diretamente. Ele está com 96 anos e mora no sul de Minas Gerais. Durante toda a minha vida fui frequentemente passear na roça, tirava leite ao pé da vaca, cuidei de galinhas, já rodei café várias vezes, enfim, coisas de roça né. Na hora do lanche eu ia sempre com meu copinho já com o Toddy lá no curral pegar o leite quentinho diretamente da "Mimosa". Tem muita gente que não consegue tomar leite cru, em algumas pessoas tem efeito laxante... e eu, apesar de odiar leite puro, misturado com outras coisas eu tomo. Só não tomo puro puro. Se tiver um açúcar com baunilha eu já tomo. Ennnnfim, falei isso tudo pra contextualizar a receitinha de hoje, o queijo Minas! Mineiro que é mineiro adora um queijo né? Eu já fiz queijo lá na roça várias vezes, mas depois que me mudei pra Alemanha fiquei pensando onde eu ia conseguir o leite cru pra fazer. Descobri que na Bio Company aqui pertinho de casa podemos encomendar sempre de 3 ou mais litros numa segunda-feira e eles entregam na sexta, só que quando eu ouvi o preço quase baixou minha pressão: 1,85€ o litro!!! Isso quer dizer mais ou menos 4 reais!!! Tudo bem que quando meu avô tinha vaca leiteira o leite pra gente era de graça, mas quando compramos lá dos vizinhos é tipo 8 CENTAVOS de REAL o LITRO! Eu nem tenho matemática suficiente pra saber o quão mais caro isso é! Bom...desisti momentaneamente da ideia e fui buscar diretamente nas fazendinhas perto de Berlim. Achei uma num bairro distante que vendem a 0,90€ o litro, você tem que levar sua própria garrafa, porque sabem quanto custa uma Lata de leite aqui? Daquelas de fazenda, de pelo menos 5 litros, próprias pra leite? 80 euros!! Fala sério! No Brasil é 20 reais. Bom, deixa minha indignação de lado, é só pra compor a dramaticidade do post. Aí fiquei UM POUCO mais animada de fazer com o Vorzugsmilch ou Rohmilch (leite cru em alemão), mesmo assim achei que ia sair um queijinho meio caro né, porque teoricamente pra dar um queijo de meio quilo precisamos de 5 L de leite. 

E é aí que entra a minha mama! Obrigada pela ideia genial mãe! Ela falou pra tentar com o leite fresco de caixinha/saquinho, que só foi pasteurizado mas não o de super longa vida, que é aquecido a altas temperaturas etc + 1 latinha de creme de leite. Uai, até que pode dar certo né? E deu. Com 5 Litros do leite de caixinha fresco integral na Alemanha, (que custa 0,55€) eu fiz 2 queijos de mais ou menos 400gramas! Vitória! Na verdade deram 3 queijos bem grandinhos e 1 deles cortei ao meio. Então dois estamos comendo fresco e o terceiro (o maior) estou curando, vamos ver se vai dar certo. Hoje, depois de 5 dias que já os fiz, ele finalmente começou a ficar amareladinho de um lado. 

Para fazer o queijo, já trouxe 2 forminhas de queijo do Brasil, uma peneira grande e importei ilegalmente a enzima de queijo (coalho líquido, mas tem também em pó), porque ainda não sabia como se chamava aqui. E ainda, da próxima vez, vou fazer com 2,5 litros de leite e o creme de leite, porque deu mais do que eu previa. Ah, sim, o resultado final aqui na Alemanha não foi o queijo frescal exatamente como eu estava acostumada no Brasil, ele ficou uma delícia e dá totalmente pra matar a saudade, mas ficou ligeiramente com textura parecida com uma ricota mais firme. De toda forma, eu super recomendo. Como falei, ficou ótimo.

Agora, finalmente, chega de lero lero e vou passar 2 receitas, uma pro Brasil e outra pra Alemanha. Ou, se você mora na Alemanha e quer fazer com o leite cru, ótimo, acho que vai ficar mais gostoso. Um dia eu animo de ir pegar leite na fazenda perto de Berlim e pagar 90 centavos por litro.

Ingredientes Brasil:
5 litros de leite cru morninho (não ferva!)
1 col. de sopa rasa de sal
Coalho (geralmente 1 tampinha, tem que usar como as instruções do coalho que você comprar)

Ingredientes Alemanha:
5 litros de leite fresco 3,5 Fett morninho (não ferva!)
1 copinho de Frisch Schlagsahne
1 col. de sopa rasa de sal
Coalho conforme instruções. Se chama Labextrakt ou Labferment ou Käselab ou Käse Ferment.

Modo de fazer:
Numa panela grande esquente o leite. A temperatura deve ser morninha. Coloque o dedo mindinho (limpo...lógico) no leite por 10 segundos, se estiver só morno e sem te queimar, está certo. Junte o creme de leite e o coalho e mexa. Deixe coalhar sem tocar nele novamente, demora uns 30 minutos. Aí pegue uma faca grande e corte e tiras o queijo coalhado, fica uma massa tipo gelatina, depois corte no outro sentido, fazendo quadradinhos de mais ou menos 2 cm. Espere mais uns 10-15 minutos até começar a subir o soro do queijo, você vai ver o líquido meio esverdeado. Aí jogue nele uma copo bem grande de água fervida e mexa o queijo todo com uma escumadeira ou algo assim, pra soltar mais ainda o soro. O queijo vai ficar todo granulado, nisso, vá retirando com uma concha o máximo de soro que conseguir. Depois, eu passo tudo na peneira grande, pra ir mais rápido e só depois coloco nas formas de queijo. Neste ponto ainda tem bastante soro, mesmo que a gente não consiga ver, e o soro vai saindo pelos buraquinhos da forma e o queijo vai abaixando, até virar queijo mesmo. Eu deixei os meus queijos na forma secando no escorredor de pratos. Depois de um tempo retire com cuidado da forma e vire do lado contrário. Deixe escorrer mais e pode desenformar e comer. Eu já vou beliscando desde a hora que ainda tem soro...

Comentários finais:
Como falei, desta vez renderam 2 queijos frescos grandinhos, então 1 eu cortei ao meio, fiquei com 2 queijos menores e o outro mais altinho que eu estou curando. Para curar o queijo fresco basta deixá-lo fora da geladeira, secando. Nos primeiros dias eu deixei ele na peneira, em cima de um pote pra cair o soro. Tem que ir virando ele todo dia, eventualmente pode dar uma lavadinha com água mineral. O meu, depois de 4 dias percebi que estava começando a ficar meio verde, o que não é bom! Minha mãe falou que podia ser falta de sal, aí peguei mais uma col. de chá de sal e passei em volta do queijo todo (após lavar a parte verdinha) e no dia seguinte ele finalmente começou a dar uma amarelada (bom). Dúvidas, perguntem à minha mãe...brincadeira, pode escrever um comentário aqui mesmo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Kohlrabi refogado

Este post é mais uma dica. Você conhece Kohlrabi? É um tipo de repolho alemão que tem uma forma meio "alien". Tirei a foto abaixo deste site em inglês, que tem umas informações legais sobre o Kohlrabi também.
As folhas do Kohlrabi - li no blog da Mel - são um ótimo substituto para couve e eu acho o "legume" em si um ótimo substituto pra chuchu! É mais duro que chuchu (ok, chuchu não é duro, mas já provaram ele cru? Fica gostosos também, levemente crocante), mas aquele gostinho bom de "nada" é o que o Kohlrabi tem! Perfeito! Fiz uma carninha de porco assada no forno, Kohlrabi refogadinho e uma farofa com as folhas do Kohlrabi. Basta descascá-lo, cortá-lo e refogar. Eu coloquei um pouquinho de óleo, sal e ervinhas secas, depois fui adicionando um pouco de água aos poucos pra cozinhar mais rápido. Das próximas vezes vou testar cozida diretamente na água ou no vapor.


quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quiche light de espinafre e feta

Uma amiga minha me mandou o link de um blog chamado skinny taste e eu fiquei muito interessada na receita da torta (ou quiche) de espinafre com queijo feta, porque adoro todos dois e achei a combinação perfeita. Sabendo que é uma torta light fiquei ainda mais animada e pra completar fui ao supermercado procurar espinafre congelado, porque eu estava certa de que não ia encontrar fresco, e achei um pacotão do fresco na promoção ainda! A foto não faz jus à torta real, mas eu e as duas outras pessoas que comeram garantem que estava ma-ra-vi-lho-sa e o mais importante: de-li-ci-o-sa!!! Não se deixe enganar pela quantidade de ingredientes, é fácil de fazer!

Quem quiser ver a receita original, clique aqui.
Quem quiser seguir pela minha receita, leia abaixo:

250 a 300 g de espinafre cozido e levemente espremido pra tirar a água
1 pacotinho de queijo feta cortadinho (deve ser 1 xícara)
1 col. sopa de Dill (Endro) seco
1 col. sopa cheia de queijo parmesão ralado
1/2 xíc. de farinha de trigo branca ou integral
1 col. chá rasa de sal
Pimenta do reino moída se quiser
1 col. chá de pó royal
2/3 de xíc. de leite (magro ou gordo, como quiser) ou creme de leite fresco
1 col. chá azeite de oliva
2 ovos grandes batidos

Usei sementes de girassol pra decorar

  1. Pré aqueça o forno a 200° (alto/médio). Unte levemente a forma ou pirex de sua preferência. Se quiser uma quiche mais fina, use uma forma redonda de cerca de 24cm de diâmetro, se quiser mais altinha, utilize uma menor. A minha foi de 24cm.
  2. Misture o espinafre e feta e reserve.
  3. Misture bem todos os ingredientes secos.
  4. Misture os ingredientes molhado.
  5. Misture todos os ingredientes entre si.
  6. Despeje na forma, decore com as sementes de girassol.
  7. Asse 28-33 minutos, ou até que você espete uma faca dentro e não saia molhada.

domingo, 1 de abril de 2012

Salada Sunomomo

Eu adoro essa saladinha japonesa, sempre fico torcendo pros restaurantes japoneses novos que eu vou a servirem como entradinha. É uma salada bem adocicada e é uma maneira diferente de comer pepino também, eu acho. Particularmente minha versão favorita é com pepino e macarrão de arroz, aquele tipo transparente. Depois de olhar algumas receitas na internet e relembrar técnicas que aprendi quando estudei macrobiótica, cheguei a esta receita: (ah, vale falar que é bem fácil de fazer)

1 pepino grande (aqui na Alemanha é assim, mas no Brasil eu diria 3 pepinos pequenos japoneses talvez...?)
100 gr de macarrão de arroz japonês transparente (prepare conforme as instruições da embalagem)
sal
7 colheres de sopa de vinagre de arroz
3 colheres de sopa de açúcar
1/2 colher de sopa de óleo de gergelim (opcional mas eu sempre tenho em casa porque uso muito, adoro)
gergelim preto pra polvilhar

Lave bem o pepino e corte em rodelas fininhas, o mais fino que conseguir, ou num ralo super fino de rodelas. Salgue com mais ou menos 1 colher de sopa de sal e deixe desidratar por cerca de 30 minutos (ou uns 15 com algum prato e peso em cima). Depois esprema bem a água dos pepinos e junte ao macarrão já pronto.

Numa vasilha misture bem o vinagre de arroz, açúcar, óleo de gergelim e junte ao pepino e macarrão. Polvilhe com o gergelim preto e está pronto! Este foi meu almoço de hoje, deu pra duas pessoas. Mas 2h depois eu já estava com fome de novo.